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Por que gostamos de fofoca?

A origem ancestral da fofoca

Por milhares, milhões de anos, a interação social tem sido parte de nossa sobrevivência como espécie. E nesse sentido, o surgimento da linguagem veio para somar às relações. Na vida tribal, homens e mulheres antigos tinham que encontrar uma maneira de comunicar assuntos básicos . Tópicos como áreas para caçar, a localização de frutas silvestres ou até mesmo se um parceiro em potencial estava livre. O surgimento da linguagem e as trocas que ela permitia estavam alimentando os laços sociais.

Em seguida, as funções foram expandidas e modificadas. Atualmente, existem estudos que indicam que a fofoca desempenha um papel importante em escala social, principalmente quando se trata de transmitir normas sociais e punir os membros do grupo que não as cumprem. Aparentemente, o ritual da fofoca implica uma amostra de interação social que favorece nossa sobrevivência e até reprodução. Mas se formos ao exercício atual de entreter as fofocas, elas parecem ter uma explicação científica particular e muito válida.

O que a ciência diz sobre fofoca

Quando falamos das fofocas tradicionais de escritório, daquelas fofocas de famílias, vizinhos, ou mesmo da vida de celebridades, geralmente pensamos em uma atividade um tanto vazia. Mas a realidade é que todos nós caímos nisso e isso tem uma explicação em escala científica. Pesquisadores das Universidades de Harvard e Temple descobriram que o arquivo de dados coletados sobre cada uma das pessoas que conhecemos está localizado no lobo temporal anterior do nosso cérebro.Isso implica que é essa parte do nosso corpo que é ativada quando nos perguntam sobre uma pessoa. Todos os dados que temos são então disponibilizados à nossa memória: seu nome, aparência, biografia, status, entre outros. Mas o interessante disso é que a fofoca funciona de forma muito estimulante de diferentes formas.

Informação como recompensa
Por um lado, a informação exerce uma atração em nosso cérebro, como se fosse uma recompensa. Vários estudos mostram que quando nos dizem algo que não sabíamos, a produção de dopamina é ativada, o conhecido hormônio da felicidade. Isso implica que reagimos à informação, por mais importante ou inconsequente que seja, como se estivéssemos diante de nossa sobremesa favorita. Ou seja, saber quem é o novo namorado da sua prima, ou quanto custa a nova mansão de JLo, pode gerar tanto prazer quanto aquela sobremesa de tiramisu que você delira.

informação como vice
Outra teoria científica que tenta explicar por que gostamos tanto de fofoca é resultado de uma pesquisa realizada pela Universidade da Califórnia. Nele, conclui-se que a informação pode representar uma espécie de vício para o cérebro humano, como dinheiro ou comida. Então, poderíamos desenvolver uma espécie de vício em fofocas e manter-nos bem informados de tudo o que acontece ao nosso redor. Isso na era digital se torna muito mais fácil e rápido. Desde ter acesso aos perfis do seu ex-namorado do ensino fundamental, até entrar na privacidade da casa das celebridades.

Aparentemente, independentemente de você ser um conhecido amante da fofoca ou se recusar a cair sob seu controle, é uma atividade humana, natural e normal. Desde que a usemos para nos divertir, sem afetar a reputação ou o bem-estar dos outros, um pouco de fofoca não faz mal. E se não, pergunta para aquela tia que não perde os programas do show!

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